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domingo, 13 de novembro de 2011

Realismo de Aristóteles (filosofia)

Alethéia: O realismo de Aristóteles
‘Metafísica– livro II’. 
Aristóteles começa a comparar entes humanos.
Segundo Bochenzki, (ser) o homem é um ente contingente, ou seja, aquele que poderia não existir como indivíduo ou espécie, ou poderíamos ter existindo de forma diferente, ou pode deixar de existir; por isso, um ente relativo. Assim, tudo aquilo que entra em mudança em nós não poderia ser a verdadeira natureza.
As características físicas nos identifica como indivíduo, mas não como espécie. Assim, como indivíduo nós somos um conjunto de acidentes, os quais nos transformam e nos coloca a condição de indivíduos (únicos);mas, assim como acidentes, essa individualidade pode mudar. Classes de acidentes:
·         Acidente de qualidade: que diz respeito à uma propriedade que nos qualifica. (ser macho, fêmea, cor de cabelo, cor de pele, profissão).
·         Acidente de quantidade: o que é mensurável (altura, peso, forma, idade).
·         Acidente de Lugar: posição espacial.
·         Acidente de situação: condição que o ente possui em determinado lugar (sentada, em pé).
·         Acidente de relação (a direita de, em frente à).
·         Acidente de tempo (envelhecimento, mudança entre idades)
·         Acidente de ação: atos, aqueles que dizem respeito à intervenção de um ente sobre outro ente (segurar algo, ensinar, aprender).
·         Acidente de paixão (páthos): é a inclinação, ente que sofre a ação
Já o incidente é evento fortuito e casual, não são esperados no sistema. Os incidentes alteram os acidentes. Tudo que está fora da realidade é violência, tudo que é violência e incidente.
O homem não é só acidente; Se o homem fosse só acidente toda realidade seria relativa. Para Aristóteles, aquilo que determina o que nós somos é a substância. Os acidentes nos dá uma realidade individual, já a substância dá realidade ao ente e, por dar realidade ao ente, nos coloca em uma espécie. Tudo tem substância, e por isso ela merece ser analisada.
A matéria seria o elemento da empiricidade (o que nos torna diferente de números); para Aristóteles, a matéria é comum a todos os entes empíricos, sendo um princípio metafísico da empiricidade, é, também, o elemento da nossa mutação.
Mas, aquela que determina quais os acidentes que vão pertencer ou não ao ente é a essência. A essência é o que nos define. Se pode entra em um rio duas vezes, porque a essência é a mesma; no entanto, acidentalmente, não se pode entrar no mesmo rio duas vezes (Heráclito). Dependendo da sua inerência, se será mais estável ou menos estável.
Aristóteles possui a concepção de ‘realidade’, assim como Platão o tem, segundo a empiricidade, materialidade. Quando a realidade é ideal, alguns acidentes aplicados na realidade empírica são retirados. Assim, a realidade ideal é permanente, uma vez que os acidentes se ligam diretamente com a matéria. Platão e Aristóteles concordam ao dizer que nós, homens, temos duas realidades (dualistas) a alma e o corpo, realidade ideal e empírica. Com a morte, para Platão, o homem se solta do corpo, sendo imortal.
Pata Aristóteles a alma tem 3 funções: vegetativa, a função básica responsávem pelo funcionamento de todas as nossas funções corporais autônomas; sensitiva, que comanda nossos sentidos; racional, é a que dá o conhecimento, estabelece nosso pensamento.
Mas, Aristóteles não deixa claro se a alma sobrevive ou se é imortal; desse modo, somos entes de duas naturezas.
Para Aristóteles há uma substância primeira, o absoluto. Seria aquela substância que não tem limite; nesse caso, só pode existir uma substância pura, uma vez que caso houvesse mais de um eles se limitariam. Tal substância não sofre nenhum tipo de acidente. Esse absoluto de Aristóteles não é um Deus no sentido religioso do termo.
Temos 3 tipos de conhecimento, segundo Aristóteles: o empírico, as representações mentais (intelectual) e reflexão (conhecimento divino, o conhecimento do absoluto; ato puro de pensar).

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