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domingo, 13 de novembro de 2011

Microeconomia (economia política)

Microeconomia
            A Microeconomia, ou Teoria dos Preços, é a ramo da economia positiva, uma vez que as perspectivas são montadas com base em dados reais; teoria que estuda o comportamento das famílias e das empresas e os mercados nos quais operam. Trata dos Preços, a renda e a quantidade produzida.
                A Microeconomia analisa a formação dos preços no mercado, que se dá baseado em dois mercados:
- Mercado de bens e serviços;
- Mercado dos serviços dos fatores de produção.
                O foco da Microeconomia está no mercado no qual as empresas e consumidores interagem entre si, conforme análises dos fatores econômicos que determinam o comportamento de ambos.
Trata da oferta, da demanda, da formação de preços no mercado e das possibilidades sacrificadas (custos de oportunidade ou implícitos).
Não se confunde microeconomia com análise contábil, uma vez que, diferentemente da microeconomia, a análise contábil, faz análises dentro de um universo específico (infra-empresa).
A microeconomia possui natureza estática, porque se analisa a realidade específica, tratando um período como estático, além de, também, comparativa (ciência teórica ou dedutiva), desse modo, tem-se que analisar um ponto específico no tempo, como se ele fosse estático.
É impossível analisar todas as variáveis, então devo criar um meio e buscar as variáveis mais importantes. Desse modo, cria situações e variáveis hipotéticas.
São agentes da microeconomia aqueles que “compram” e aqueles que “vendem”. Os consumidores são os agentes da demanda, os quais possuem intenção na busca pela satisfação de suas necessidades (intenção do mercado trabalha baseado na renda do mercado consumidor). E as empresas são os agentes da oferta, são aqueles que transformam a mão de obra. Trabalham com a tecnologia para avançar seu objetivo, o lucro; assim, a racionalidade produtiva em função do lucro.
TEORIA DOS PREÇOS = Consumidor (demanda) + Empresa (oferta).
                Em suma, a microeconomia “Examina a formação de preços e mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade a satisfazer a ambos simultaneamente”.
Pressupostos básicos
Possui natureza/condição coeteris paribus, qual é uma expressão em latim que significa tudo o mais constante. Não é possível fazer todas as análises possíveis dentro de uma realidade, então, deve-se fazer um apanhado geral e se analisa a partir daquilo que se considera mais interessante. É preciso deixar de lado o que não é importante para ter o foco apenas no que é realmente importante, assim a análise será mais fácil. E a partir disso, eu tenho um resultado puro e líquido, posso dar números às análises. A análise microeconômica básica, para poder analisar um mercado isoladamente, supõe todos os demais mercados constantes, ou seja, o mercado em estudo não afeta nem é afetado pelos demais. Essa condição serve também para verificarmos o efeito de variáveis isoladas
Possui análises de equilíbrio parcial e geral são mais simples e exequíveis: levam menos tempo, são menos complexas e por elas pode se fazer várias análises parciais e partir delas para uma geral.
Possui preços relativos e abstratos (absolutos), ou seja, são relativos porque dependem de uma referência e são aqueles preços que resultam da média de um apanhado de vários preços, divididos pela quantidade; já os abstratos/absolutos são aqueles preços do produto (da etiqueta).
Análise da demanda
            Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período, dada sua renda, seus gastos e o preço de mercado. Assim, representa um desejo, um plano. Representa o máximo a que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços no mercado.
                Desse modo, a curva de demanda indica quanto o consumidor pode adquirir (capacidade de Compra), dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. Indica que, se o preço for R$ 2,00, ele pode consumir, dada sua renda, 10 unidades; se o preço for R$ 3,00, ele pode consumir 8 unidades, e assim por diante.
Variáveis:
à A demanda em certo momento;
à Preço do bem/serviço;
à Preço dos outros bens/serviços (complementares);
à Preço do bem substitutos ou concorrentes
à Renda;
à Gostos, hábitos e preferências do consumidor.
Nesse sentido, a demanda representa a intenção de comprar; é um fluxo, porque está definida para determinado período de período. As variações da demanda dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, ou seja, mudanças na condição coeteris paribus.
Escala de Procura
De acordo com a Escala de procura, quanto maior o preço, menor a quantidade, é, desse modo, inversamente proporcional; isso se dá devido a ocorrência conjunta dos efeitos substituição, em que o bem fica mais barato em relação aos concorrentes (o que aumenta a demanda) e efeitos renda, quando a renda do consumidor aumenta e juntamente a demanda tende a aumentar (pode se dar com o cair dos preços, em que, mesmo com a redá não variando, a demanda tende a aumentar).
A curva da demanda (anseio de compra) é deslocada ao se aumentar a renda, ao passo que a curva de quantidade demandada (comprada, um ponto sobre a curva) se desloca de acordo com o aumento de preço.
Demanda
Quantidade demandada
Se desloca quando aumenta-se a renda.
Um ponto sobre a curva de demanda. Exemplo: X1, X2. É o valor numérico da demanda do produto. Há como deslocá-la mudando o preço.

A curva convencional da demanda expressa qual a escala de procura para o consumidor, ou seja, dados os preços, quanto o consumidor deseja adquirir. Essa função indica qual a intenção de procura dos consumidores quando os preços variam, com tudo o mais permanecendo constante. Desse modo, revela a intenção de compra do consumidor, sendo, a compra efetiva, um único ponto da escala.
                 Podemos conceber a curva da demanda de duas formas: segundo preço, quantidade máxima de disposição para a compra, ou  segundo a quantidade, disposição máxima de pagar do consumidor.
Tipos de bem
Essa classificação depende da classe de renda á qual pertencem os consumidores.
o   Bens normais: obedece à regra da curva/escala de procura, ou seja, aumentos da renda levam ao aumento da demanda. Exemplo: Automóvel.
o   Bens inferiores: bem que, com o aumento de renda da população, a quantidade demandada deles diminui. Exemplo: carne de segunda.
o   Bens de consumo saciado/neutro: o aumento do preço varia muito pouco na quantidade demandada. São chamados de bens inelásticos. Ex: arroz, sal.
o   Bens substitutos/concorrentes: o consumo de um bem substitui o consumo do outro, de bens similares que suprem as mesma necessidades dos bens normais. Ex: medicamentos genéricos. O preço de um concorrente pode afetar diretamente o preço de um bem. Supondo-se tal fato, a curva da demanda se desloca pra a direita.
o   Bens complementares: bens consumidos em conjunto, são bens influenciados pelo aumento ou diminuição do preço de outros bens. Ex: o aumento do preço dos automóveis deverá diminuir a procura de gasolina. Supondo um aumento no preço de um bem complementar, a curva da demanda se desloca para a esquerda.
o   Bens de consumo de luxo.
Análise da oferta
                Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores e vendedores desejam vender em determinado período, segundo a teoria elementar da oferta. O vendedor só vai vender mais barato se com isso for lucrar o mesmo ou mais.
                Como na demanda, a oferta representa um plano ou intenção. As quantidades ofertadas são pontos em que os vendedores estão maximizando seus lucros.
Tal análise emana da relação produtor-consumidor.
Variáveis
                - Quantidade ofertada do bem;
- Preço do bem;
- Preço dos fatores de produção;
- Preço de outros bens, substitutos na produção;
- Tecnologia;
- Fatores climáticos e ambientais.
Possui relação com os problemas econômicos fundamentais, que está intimamente ligado ao sistema econômico vigente.
Preço e quantidade ofertada são diretamente proporcional, aumentando o preço, aumenta-se a quantidade ofertada
Escala de oferta
Desse modo, a escala de oferta mostra como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço. Assim, de acordo com a função geral da oferta, se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais, pois a receita e o lucro aumentam.
                Pode ser interpretada sob duas perspectivas: dado o preço, a quantidade máxima que o produtor estará disposto a ofertas, ou alternativamente, dada a quantidade, o preço mínimo que o produtor estará disposto a receber por essa quantidade.
                 A função oferta depende dos objetivos e metas estabelecidos pelos empresários. Podendo haver, por exemplo, casos em que a empresa prefere lucrar menos a curto prazo e (ganhando participação no mercado), lucrar mais a longo prazo.
             Dado um avanço na tecnologia, a curva da oferta de desloca para a direita, uma vez que diminuem os custos, os preços caem e a procura aumenta.
A Variação da oferta desloca a curva; quando altera a condição coeteris paribus. E a variação a quantidade ofertada traz movimento ao longo da curva; quando se altera o preço do próprio bem, mantendo-se as demais variáveis constantes.
                A procura define “o que produzir”, enquanto a concorrência define “como produzir”
Quando se aumenta o preço na oferta, aumenta–se o interesse na produção, na concorrência e na quantidade ofertada.
                O deslocamento da curva se dá: para a esquerda, com o aumento do preço dos fatores de produção, e para a direita, com o aumento da tecnologia.
Equilíbrio de mercado
O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura, unindo os dois gráficos, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio. A intersecção é um ponto é único que indica a quantidade que os consumidores desejam comprar igualmente à quantidade que os produtores desejam vender. No ponto de equilíbrio, não existem pressões para alterar preços; os planos dos compradores são consistentes com os planos dos vendedores, e não existem filas e estoques não planejados pelas empresas. Desse modo, exclui-se o excesso ou a escassez de oferta ou de demanda. Apesar disso, há uma completa coincidência de desejos.
Introduz-se a lei da oferta e da procura de acordo com esse equilíbrio. Supondo um mercado concorrencial, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio. Quando ocorre excesso de oferta, há acúmulo de estoques não planejado, que acarreta em diminuição dos preços; caso contrário, a escassez, os consumidores estarão dispostos a pagar mais. 
Os agentes de mercado, isto é, consumidores e empresas, sem qualquer interferência do governo, tendem a encontrar sozinhos uma posição de equilíbrio, mediante o mecanismo de preços, ou seja, da lei da oferta e procura.
Esse equilíbrio estabelece o sistema de preços, pois há uma Curva de demanda decrescente e uma Curva de oferta crescente. O mercado importa o limite.
                Demanda à preço, quantidade demandada e renda.
                Oferta à preço, quantidade ofertada e valor econômico dos fatores de produção.
O que importa para cada um – Coeteris paribus.

 Estruturas de Mercado
            As estruturas de mercado dependem da quantidade de empresas no mercado, da tipologia do produto e das barreiras ao acesso de novas empresas no mercado.
                A concorrência perfeita/pura caracteriza-se com a livre concorrência (pluralidade de empresas), com o comércio sem nenhuma influência de alguma empresa. É o mercado atomizado, ou seja, aquele com tão grande concorrência, que uma empresa não faz a diferença, sobrevivendo apenas aquelas mais competitivas, de infinitos vendedores e compradores. É aquela de produtos homogêneos (empresas oferecem produtos semelhantes), os quais fazem a concorrência maior, em que o resultado seria uma padronização nos preços. Um mercado que permite a mobilidade das firmas (empresas e compradores), um mercado que não possui barreia à entrada de outras empresas. É um mercado racionalizado, pois os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação, desse modo, os agentes agem racionalmente. E, por fim, aquela se contensão de lucros, uma vez que, segundo A. Smith, a mão invisível ajudaria a livre concorrência; funciona segundo o capitalismo perfeito.
Monopólio
                Na Teoria do monopólio perfeito, uma empresa dominaria o mercado em determinada área. Essa visão se caracteriza melhor com as economias socialistas
O monopólio é, em sua, uma única empresa dominando o mercado, que impõe a compra do produto aos consumidores, fazendo com que a curva da demanda seja a própria curva da empresa. Caracteriza-se por possuir uma relação de preço com a quantidade da demanda, em que, devido à falta de concorrência e bens substitutivos, há um aumento abusivo de preços, cujo Estado seria essa empresa.
                Então os compradores ficam reféns daquilo que tem. Com o aumento abusivo dos preços, se a renda se mantém constante, as pessoas deixam de comprar.
                O monopólio pode ser criado segundo: um monopólio puro/natural, aquele em que a qualidade é tanta no que se produz que dificulta a entrada das demais concorrentes no mercado (Petrobras); ou patentes, de monopólio lega por ser propriedade intelectual; ou por controle das matéria primas, em que uma empresa apenas é a detentora da certa matéria-prima; e o monopólio estatal, que é basicamente um monopólio natural, na qual não há uma certa concorrência (correios).
Oligopólio
                 Forma-se em um ambiente de mercado em que há poucas empresas dominando o mercado; isso pode resultar por uma baixa concorrência ou por muitas empresas, na qual poucas dominam. Essas empresas dominantes formam cartéis, combinação e monopólio dos preços. Os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados. Exemplo: postos de gasolina.

concorrência monopolística
                Existe a concorrência monopolística quando o mercado começa a criar muitos produtos. Pode se dar entre a concorrência perfeita e o monopólio, ou por número relativamente grande de empresas e produtos diferenciados ou, então, por uma pequena margem para a variação dos preços (bens substitutos).
Estruturas de mercado dos fatores de produção
o   Concorrência pura/perfeita: é grande a oferta dos fatores de produção e muita gente para comprar, portanto há um equilíbrio no preço
o   Monopsônio: há um monopólio na compra dos insumos, o ambiente de poucos compradores e muitos vendedores; desse modo o preço é estabelecido pelo comprador.
o   Oligôpsônio: novamente, há muitos vendedores e poucos compradores; o consumidor continua com o monopólio dos preços.
o   Monopólio bilateral: em que uma empresa no mercado comprado de um monopolista (monopsonista compra fatores de produção de um monopolista).


Devido alguns problemas de horário por causa do um estágio, eu perdi algumas aulas de economia. Por isso eu gostaria de agradecer a Paula por me passar a matéria que eu perdi. Obrigado!



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