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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Kant (filosofia)

Kant – prefácio b “crítica da razão pura”
Temos duas linhas: realistas (dogmáticos) e positivistas (céticos).
Os realistas admitem verdades que não se podem provar, apesar de quererem dar provas à elas; eles cometem erro de dogma. Entretanto, possuem uma vantagem em sua teoria que é a procura da “Verdade”, uma vez que não existe a “Verdade”, não teríamos conhecimento possível.
Já os empiristas aceitam as condições de verdades, o relativismo absoluto: tudo é consolidação de hábitos. Se o sentido é a base do conhecimento, a própria sociedade poderia estar errada, e até toda a academia de cientistas. Mas têm uma vantagem, eles não aceitam nada que não possa ser dado por uma prova, e a qual tem que ser consistente.
Desse modo, o erro dos positivistas é corrigido ao se admitir uma verdade, e o erro dos dogmáticos é corrigido ao se admitir uma verdade aceita por provas. É desse modo que Kant procura uma teoria do conhecimento da realidade, que ache a verdade absoluta, mas a partir de provas. Esse projeto do Kant seria a purificação dos erros, para manter aquilo que é válido. Então, esse projeto propõe a pureza, logo esse é o escopo do projeto (objetivo). 
Então, temos que ter um processo para purificar. Kant se baseia no termo alemão kritik (crítica, no sentido de um processo que leva à um determinado objetivo; a crítica não é o próprio processo, mas um elemento do processo), ao qual temos que liga-lo ao termo grego Krísis (purificar), que vem de outro termo grego de krisólis (um dos conceitos de ouro). Logo, é o procedimento de se purificar o “ouro”, para o qual necessita de um procedimento, um método. 
No caso da teoria de Kant, se indaga o que deve receber o procedimento de purificação. Há duas possibilidades: ou o sentido, ou a razão, uma vez que são concebidos como fontes, ou gêneses do conhecimento. Desse modo, sabe-se que os sentidos não podem ser purificados, porque não há como fazer com que se realize uma correção total. Nesse caso, só se purifica a própria razão; os sentidos são gênesis, mas a fonte é a razão. 
Decorre, assim, outra indagação, quem pode purificar a razão? Em verdade, a razão é a única que pode se purificar das sujeiras que jogaram nela. Assim, a razão tem que ser soberana, autônoma.
Nesse sentido, kant coloca:
Crítica da razão pura teorética (conhecimento): o resultado chegaria ao conhecimento verdadeiro. Physis;
Crítica da razão pura pratica (moral): Diretrizes racionais segundo os padrões Moraes. Nomos;
Crítica da faculdade de juízo/crítica da razão pura estética (gosto);
No momento em que a razão se torna agente de sua própria purificação, lhe é devolvido a sua natureza própria, que lhe estava amputada pelos defeitos. Então, qual o status que é devolvido à razão depois da purificação? A resposta se liga à função do juiz. A própria razão é o juiz supremo, fora dela nenhum pode julgar a verdade em qualquer uma das razões. Razão com Tribunal supremo de toda ação moral, jurídica e de gosto. A razão cria as leis que ela mesma vai usar para julgar, o que dá à condição da razão, ou seja, o que chamamos de estado jurídico: a razão é o próprio Deus do homem.

Ego transcedental
A razão é o ego, dela decorre o ego empirico, o qual recepciona e identifica. Entretanto, se toda razão for o ego empirico caímos no fato de "não podermos determinar o que é uma ilusão de óptica e a realidade". Pode se colocar que o consenso nas observações formaria a opnião do que seria real e ilusório, mas novamente caímo no erro e teremos que admitir que uma comunidade de observadores pode estar errada, nesse sentido o ego empirico pode estar errado. Então, deve esxistir uma outra estrutura da razão que dá a realidade.
Pode se colocar qie o que difere o real da ilusão de óptica é o fato de que qualquer ente do mundo real não pode ferir as leis da natureza. Nesse sentido, a condição para que um objeto seja real obedece à 3 regras:
 1. Todo o ente real ocupa um lugar no espaço, em que o espaço são as três dimensões. Desse modo, Aristóteles está errado ao colocar que o espaço é uma propriedade do objeto; se assim fosse quando o objeto fosse destruído, o espaço o seria com ele.espaço é uma condição do proprio pensamento que impomo ao objeto. O espaço não pode ser uma propriedade do ego empirico, pois se assim fosse cada um ia ter uma concepção de espaço diferente. 
2. Um ente é real quando ocupa lugar e, também, quando o tempo transcorre para ele. Assim, ilusões de optica não têm determinações no tempo. Toda a nossa etrutura é baseada no espaço e tempo, que são duas estruturas de sensibilidade. Essa estrutura de sensibilidade que diz se o ente é real. 
Mas o tempo e o espaço não são suficientes, pois só nos permite dizer que o objeto é real. Diz "que é" (real e não ilusão), mas não diz "o que é". 
3. O que diferencia um objeto do outro, o que define o objeto, são as categorias, que vinculão o objeto com a própria racionalidade; assim, Kant chama de estrutura da racionalidade.
Desse modo, as estruturas de sensibilidade, conjugadas com as estruturas de racionalidade, corrigem o ego empírico e à essa conjugação, kant chama de ego transcedental.
O termo transcedental tem um significado metafísico, que é algo oposto à imanente (ou seja, propriedade de qualquer objeto lógico de não pertencer  um determinado sistema). Mas kant dá uma outra definição, uma definição epstemológica, no qual o ego transcedental está em cada um de nós; não é imanente à nós, porque, além de comum, não é propriedade de um ou de alguns, na medida em que nós comunicamos nossos conhecimentos são passados e adquiridos. 
À tudo isso que o ego trancedental corrige do ego empirico, kant chama de fenômeno (tudo aquilo que é real). Fenômeno vem de duas palavras gregas: Fainos - luz, aparecer; númeno - é a realidade tal como existe em si mesma.
O fenômeno é a construção do nosso pensamento; por isso, a razão é a verdade absoluta, afinal, ela diz: o que vai ser real ou não, define o que é e o que não é e julga o que é e o que não é.
Assim, para Kant, Deus está na metafísica (tal comoos valores morais e o direito). E só os fenômenos estão sob as leis da natureza.
 Mas e o que é a razão, então? É um númeno, é a própria e verdadeira realidade (a natureza humana).
A crítca à Kant se forma pelos cético e dizem que ele cai no mesmo erro que ele critica nos outros. Então, ele comete um dógma, a razão.

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