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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Introdução (Economia Política)

Economia Política
Tema – Introdução
Principal Bibliografia utilizada:  "Fundamentos de Economia" - Vasconcellos e Garcia;
Conceito de Economia
A palavra Economia é formada pela união das palavras gregas oikos = casa e nomos = lei; o que significa ‘lei da casa’, ou seja, administrar, gerir.
A economia era tratada como parte de uma ciência política devido ao poder que gerava. A partir de 1730 – 1750 ela surge como ciência; é tratada na área de humanas, por possuir uma relação com o social e o político, e não como uma ciência exata, uma vez que trabalha com aproximação. O objetivo das ciências econômicas é o de analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los de forma a melhorar nossa qualidade de vida.
Um ato econômico é tudo aquilo que pode gerar custos. O fato de a valoração pelo dinheiro ser relativamente recente não implica que antigamente, no sistema de trocas, não existia ato econômico. Antigamente o custo era gerado pelo esforço de se produzir a matéria para troca.
A essência da boa economia é o saber que a necessidade nunca vai acabar; necessidade e os desejos do homem tornam-se relativas, mudam de homem para homem, apesar da escassez de matéria para produção do desejado ou necessário. Assim, a economia é a ciência que ensina a administrar os recursos escassos, com o objetivo de aprender as necessidades humanas ilimitadas. Instala-se um conflito entre matéria finita e desejo/necessidade infinita.
As necessidades estão subdivididas em três, não necessariamente pela ordem de importância:
Primárias: aquelas necessárias para a sobrevivência;
Secundárias: as culturais (levando-se em consideração as supérfluas, como a burca em países árabes);
Terciárias: as que emanam da coletividade (segurança, saúde);
                Todo processo produtivo passa pelo menos pela aplicação de um fator de produção, que são:
                            I -             Terra: propriedade;
                          II -             Capital: matéria/material;
                        III -             Trabalho: força de transformação;
Problemas Econômicos Fundamentais
Da escassez dos fatores de produção e dos fatores da necessidades do homem, originam-se os problemas fundamentais: o que e quanto produzir, ou seja, a definição de uma certa quantidade por finalidade dentro do leque de possibilidades de produção; como produzir, analisar a viabilidade dos recursos disponíveis e da tecnologia; e para quem produzir, o que faz necessário delinear quais são os alvos do seu objetivo de produção, os agentes econômicos do setor, seja privado ou público (em que a sociedade terá de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção, a distribuição da renda depende da determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e benefícios do capital, mas também da repartição da propriedade e como ela se transmite por herança).
Nas economias de mercado, esse problema é resolvido pela oferta e demanda, já nas economias planificadas essas questões são decididas pelo planejamento do Estado, ou seja, a maioria dos preços dos bens e serviços, salários e quotas de produções e recursos é calculada pelo estado, e não oferta e demanda no mercado.
Agentes econômicos
Nesse sentido, os agentes econômico privados são as unidades familiares, aquela unidade onde uma ou mais pessoas residem e oferecem um certo consumo e mão de obra; e as empresas, que transformam a matéria prima, ou um bem, ou utilizam uma certa mão de obra, para a prestação de um determinado serviço. Já no setor público, o governo nacional e os chamados “outros governos”, que são os estrangeiros; na qual o governo nacional é o responsável por ser o mediador entre as empresas e as unidades familiares e o responsável pelas relações econômicas com os outros governos (importação e exportação).
Alguns conceitos
Sistema Produtivo
Esse processo funciona exaustivamente dependendo  dos fatores de trabalho (terra, trabalho, capital).
A produção é “ato humano que consiste no uso de fatores de produção com a intenção de gerar um produto acabado ou semielaborado que pode ser um bem ou serviço”, segundo Faro. Os insumos são aquelas tecnologias que já passaram por um processo de produção.
Bens de capital
São aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não desgastam totalmente o processo produtivo, como máquinas, equipamentos e instalações. São classificados no ativo físico da empresa e contribuem para a melhoria da produtividade da mão de obra.
Bens intermediários
Destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. Podem ser classificados como bens duráveis e não duráveis de acordo com sua durabilidade; é exemplo de durável a geladeira, mas não durável os alimentos.
Bens de produção
São aqueles transformados ou agregados na produção de outros bens e que são totalmente consumidos no processo produtivo, como as matérias-primas.
Os bens finais são aqueles vendidos para o consumo ou de utilização final, por isso não são confundidos com os intermediários. E os bens de capital que, como não são “consumidos” no processo produtivo, também são bens finais.
Outra Classificação dos Bens
Os bens são classificados de acordo com a disponibilidade na natureza, ou seja, raros ou abundantes. Ou de acordo com a natureza, se estão ou não ao nosso alcance, ou seja, tangíveis e os intangíveis. E, por fim, com o destino, na qual se subdivide em duas formas: ou de acordo com o que irá ser consumido, se é possível mais de uma utilização do bem, ou seja, duráveis ou não-duráveis; ou de acordo com o que será produzido, ou seja, duráveis ou não-duráveis.
Fatores de Produção
São os recursos de produção da economia, são construídos pelos recursos humanos (trabalho ou capacidade empresarial), terra, capital ou tecnologia.
A remuneração dos fatores de produção se colocam da seguinte maneira: a terra é o aluguel, o capital são os juros, o trabalho é o salário, a tecnologia são os royalts e a capacidade empresarial é o lucro.
Atualmente, o IBGE é o responsável por fazer as pesquisas de censo no Brasil; a qual pesquisa se torna indispensável para melhor se utilizar os recursos. Assim, vale definir: a população em Idade Ativa (PIA), que são os maiores de 14; A População economicamente ativa (PEA), que são os maiores e 18; a população ocupada, que são os empregados, empregadores, os que trabalham por conta própria e os não-remunerados; e por fim, a população desocupada.
Nesse sentido, a coleta de dados faz com que as empresas, a partir desses, desenvolvas políticas para solucionar os problemas. Tais dados são dados sobre os fatores de produção, tentando se chegar ao pleno emprego desses fatores. Assim, o governo, quando busca fazer um censo nas empresas, tem o objetivo de verificar se aquele capital e/ou aquela terra estão sendo aplicados corretamente.
Podemos concluir que se procura um bem para utilidade; utilidade e objetivo andam juntos, na qual há sempre uma necessidade implícita. Qualquer ato econômico traz um traço de satisfação, a qual atinge um ponto de saturação e atinge um grau de necessidade e depois decai. Ou seja, toda utilidade traz consigo um traço de necessidade e satisfação.
A riqueza, sem seguida, teria sua definição na ideia de satisfação das necessidades. Para medir o ‘grau de riqueza’ usa-se a comparação entre quem possui mais ou menos riqueza; feita pela quantidade, abundância, de bens e capital. A riqueza está intimamente lidada à utilidade; tudo que se compra, se compra para uma utilidade. Os fatores de produção são utilizados para acumular riqueza. Podem ser usada de duas formas: consumir ou trocas. Essa ideia de riqueza da demanda do esforço humano, o trabalho, que sempre ocorre mesmo sendo gerencial.
Todos os bens possuem valor econômico/valor de troca. O valor econômico se baseia nas relações de troca, e tudo que se produz tem valor de uso ou de troca, é característica do produzido; é o destino da riqueza, que pode ser para consumo próprio ou para um intercâmbio, como, por exemplo, um apartamento se mora ou se aluga, utiliza ou se troca.
Evolução histórica
Aristóteles
Concebe a ideia de crematística, que significa tornar-se rico. Para ele, tudo que é produzido para tornar-se rico, necessita de um valor de uso e um de troca. O valor econômico vai ser baseado entre as relações de troca, mas no que se produz está embutido um valor de uso (o que se produz e consome durante a formação do que será trocado).
Adam Smith
Para ele, o valor econômico das coisas é produto do esforço humano; o valor do trabalho é a quantidade de horas para produzir algo.
David Ricardo
Para ele, o valor econômico das coisas é a soma dos trabalhos de todo processo e um certo percentual de lucro. A soma dos trabalhos de todo o processo, levando em consideração a matéria prima e a especialização profissional, leva um certo custo; o lucro seria os resíduos.
Marx
Para ele, o que é mais valia beneficia somente aos empresários. O valor econômico deveria ser somente aquilo que é empregado na produção, o trabalho. O excedente é a mais valia
Valor Econômico
Portanto, o valor econômico depende da utilidade, necessidade e a raridade, escassez, da matéria prima. 

Um comentário:

  1. Foi feita uma atualização nessa postagem.
    Na parte de conceitos temos três tipos de bens, na postagem antiga haviam dois "bens intermediários". Portanto, corrijam o segundo "bens intermediários" para "bens de produção". Bons estudos!

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