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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Macroeconomia (economia política)

Macroeconomia
Surge a Macroeconomia, para dar um tratamento mais agregativo e empírico à análise econômica, ou seja, como são determinadas as variáveis econômicas de maneira agregada (agregação absoluta – todos os tipos de bens produzidos). Tratando-se de agregados, não faço distinção de gênero, especialidades.
Desse modo, é importante para abranger todo o espaço geográfico de um Estado. Os Estados se juntam para que haja políticas macroeconômicas conjuntas para resolver problemas, um desenvolvimento geral.
No mercado de bens e serviços, tal agregação de bens durante um certo período, se define por produto nacional, o qual representa um nível geral de preços (média de todos os preços produzidos). São: agregado de mercados agrícolas, industriais e serviços.
De maneira semelhante, o mercado de trabalho representa a agregação de todos os tipos de trabalho existentes. Daqui se estabelece a taxa salarial, nível de emprego e a relação de trabalho (procura e falta de mão-de-obra). As análises sobre emprego e relação de trabalho são recolhidas do IBGE e o nível geral dos preços vai observar a inflação.
                No mercado monetário, as análises se desenvolvem em uma economia cujas trocas se fazem por moedas.
No mercado de títulos, os agentes econômicos são divididos em superavitários e deficitários, no qual os superavitários emprestam aos deficitários. Daqui surgem os títulos do governo, as ações, as duplicatas... Na macroeconomia se agrega todos esses títulos e define um título, que, tradicionalmente, é representado por algum título do governo. Nesse mercado se procura determinar o preço e a quantidade de títulos.
No mercado de divisas (ou moeda estrangeira) a oferta de divisas depende das exportações e da entrada de capitais financeiros, enquanto a demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e saídas de capital financeiro. A variável ep a taxa de câmbio.
E, nesse sentido, o objetivo das análises macroeconômica é estudar como se determinam as seguintes variáveis agregadas:
v  Nível geral de preço
v  Nível de produto
v  Taxa de salário
v  Nível de emprego
v  Taxa de juros
v  Quantidade de moeda
v  Preço dos títulos e quantidade de títulos
v  Taxa de câmbio
v  Quantidade de divisas.
Aqui, se faz a abordagem do equilíbrio geral. Na abordagem de equilíbrio geral acredita-se que tudo depende de tudo; assim, se quiséssemos determinar como são formados os preços dos bens, deveríamos inicialmente listar todos os bens que são produzidos pela economia e todos os diferentes tipos de insumos que são utilizados, e consideramos que, nas demandas e oferta de cada um dos bens, todos os preços dos demais bens são importantes.
Segundo a teoria macro econômica, as análises de curto prazo (conjunturais) envolve as variáveis momentâneas de: desemprego, que informa sobre o superaquecimento da economia; de estabilidade geral dos preços, que se liga com informações sobre a inflação; e as políticas de estabilização.
Já segundo a Teoria do desenvolvimento e crescimento econômico, a análise de longo prazo, trata sobre a estrutura; talvez, sobre as possíveis mudanças. Essas questões estruturais apresentam variáveis de distribuição de renda; de crescimento e desenvolvimento econômico, na qual para se dar sustentabilidade ao crescimento e preciso que se acompanhe com desenvolvimento; de progresso tecnológico; e, por fim, aquelas questões sociais, quer seja históricas, sociológicas...
As metas perseguidas por toda a política macroeconômica é o alto nível de emprego, os preços estáveis, a justa distribuição de renda e o crescimento econômico aliado do seu desenvolvimento.
Inflação
Pode-se conceituar como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Quando a renda permanece constante, as pessoas deixam de comprar. Mas não é meramente um aumento de um determinado preço, nem esporádico. Aqui, tem-se que excluir as variações sazonais. A taxa de inflação alta é prejudicial, pois tenho um aumento rápido e acelerado dos preços. A taxa de inflação baixa tem o aumento de preços de uma forma desacelerada. Ela tende a ser controlad.
Logicamente, o valor da moeda é depreciado pelo processo inflacionário, por isso que a inflação é um fenômeno monetário.
O aumento da inflação pode resultar de outros tipos de conflitos distributivos. O que é especialmente importante no caso da economia brasileira é o que se refere às relações entre salários e preços; fruto de uma disputa pelo produto entre trabalhadores e empresários que tornariam instáveis as relações entre salários e preços.
 A inflação se classifica em:
v  Alta: acelerada
v  Baixa: desacelerada
v  Zero: o que indica estabilidade; o que não significa que os preços estejam constantes.
Deflação: queda generalizada e contínua dos preços.

            As fontes da Inflação podem surgir:
v  Estrutura de mercado:
No monopólio há uma tendência inflacionária maior, como há só uma empresa dominando.
Na concorrência pura, só fica quem se sobressai, então a tendência é a manutenção dos preços.
No oligopólio, posso combinar preço, fico refém de poucas empresas, então não tem como medir a inflação.
v  Grau de abertura ao comércio exterior: se dá nos casos de choques externos. Exemplo foi o que aconteceu com a crise do petróleo de 1970.
v  Estrutura das organizações trabalhistas: se são bem formadas (reivindicadoras), maior é o salário e maior o preço da produção, portanto maior é o preço do produto. Se forem omissas, ocorre o contrário.
A inflação pode se de demanda ou se custos.
Quando é inflação de demanda se dá com o excesso de demanda agregada, ou seja, “dinheiro demais à procura de poucos bens”. É o tipo mais clássico de inflação. A probabilidade de inflação de demanda aumenta quanto mais a economia se aproxima de um ponto de pleno emprego de recursos. O governo pode agir diretamente para reduzir a inflação quando reduz os próprios gastos do governo: a redução do “principal comprador” de bens e serviços tem um efeito imediato e eficaz sobre a demanda agregada. Já a forma indireta de atuação do governo se dá por meio de políticas que desencorajam o consumo e o investimento privado. Aqui se tem divergência com relação aos economistas, no qual os monetaristas, que são contra a intervenção do estado na economia, dizem que é eficiente para o combate da inflação as políticas monetárias mais rígidas (a elevação das taxas de juros encarece as tomadas de empréstimos para investimentos privados, estimulando a aplicação de recursos no mercado de títulos, e não no setor produtivo – crowding-out, governo toma espaço do setor privado); ao passo que os fiscalistas, de pensamento Keynesiano, dizem que o combate mais eficiente à inflação seria por meio de política fiscal, como a diminuição de gastos do governo ou elevação da carga tributária.
Quando há inflação de custos ela se liga tipicamente à oferta. O nível da demanda permanece praticamente o mesmo, mas o custo de certos insumos importantes aumentam e são repassado aos preços dos produtos. Quando ocorre por monopólio ou oligopólio, nomeia-se inflação de lucros.
Juros
É remuneração do capital, Fluxo de bens e serviços, (ou o que se paga pelo empréstimo).
Taxa de juro:  
v  com o Aumento: o governo vai pagar mais caro. Para o banqueiro é um estímulo, pois ele vai lucrar mais. Ele vai investir no governo e a outra parte vai emprestas para a população, mas vai cobrar mais por isso porque o risco é muito maior emprestando para a população
v  com a Diminuição: se eu pago menos pelo juro, tenho estímulo.
Política fiscal
É a arrecadação de tributos.
Segundo o controle da inflação o governo tem duas saídas, sabendo-se que esse controle pode ser feito em tempos de inflação alta, baixa ou zero, pode tanto aumentar quanto diminuir as taxas de tributos. Consequentemente, pode tanto restringir quanto incentivar o consumo com base nos tributos.
A política fiscal é menos utilizada, pois é difícil criar um novo imposto, por exemplo.
Keynes, pai da macroeconomia, pregava a intervenção máxima do Estado na economia, e para ele fazer isso, tem que aumentar os tributos. Um Estado gastador aquece a economia, mas gera um déficit.
A consequência dessa arrecadação pode estimular ou inibir o setor privado
Título VI da Constituição: Orçamento – previsão de gastos do governo no ano fiscal.

ü  Diminuir a inflação: diminuir os gastos públicos e aumentas a carga tributária (diminuir o consumo)
ü  A diminuição da carga tributária e o aumento dos gastos públicos injetam $ no mercado e incentivam o consumo (aumento da demanda agregada = demanda total)
Política monetária
Não existe uma definição aceita universalmente do que é moeda, por isso delimita-se a partir de suas funções, as quais são: troca, unidade de conta (determina o valor econômico de bens e serviços) e reserva de valor (de liquidez imediata). Ou seja é algo aceito pela coletividade para desempenhas essas funções.
Assim, a Política monetária se refere aos processos de oferta de moeda, aos instrumentos utilizados e aos mecanismos de transmissão de seus efeitos. A oferta da moeda é realizado tanto pelas autoridades monetárias (emissão de moeda), quanto pelos bancos comerciais que, apesar de não poderem emitir, podem criar oi destruir moedas.
São as autoridades monetárias: o Conselho Monetário Nacional, o Bacen e a Comissão de Valores Mobiliários.
O Bacen é o órgão executor de política monetária, além de exercer a regulamentação e fiscalização de todas as atividades de intermediação financeira no país. Suas atribuições são:
v  Emitir moeda;
v  Garantira reserva compulsória (para em casos de crises), dos bancos, que depositam obrigatoriamente, ou das instituições financeiras, voluntariamente;
v  Realiza operações de redesconto de liquidez e seletivo;
v  Operações de Open Market;
v  Controle de crédito e taxa de juros;
v  Autoriza e fiscaliza as instituições financeiras;
v  Administra as reservas cambiais do país;
Setor externo
A Teoria das vantagens comparativas, de David Ricardo, é a utilizada no comércio exterior. Naquela época, com o desenvolvimento da Economia, o mercado passa a ser entendido como interdependente. Tal teoria pauta-se na especialização de um país segundo aquilo que ele produz melhor. (tratado de Methuen)
Atualmente, a ideia é que a industrialização é o caminho do crescimento e do desenvolvimento, e é por isso que os países procuram sempre ser atualizar tecnologicamente.
Em seguida surge a ideia de Keynes, na qual o estado interfere na economia. Sua tese ganha força após a Grande depressão dos EUA. Cresce, então o New Deal do presidente Roosevelt: investimento em obras públicas, destruição dos estoques agrícolas, controle dos preços e da produção e a diminuição da jornada de trabalho.
            Em seguida, ocorre a Conferência de Bretton Woods, que aconteceu nos EUA no qual se estabeleceram as regras para as relações comerciais entre os países mais industrializados. O acordo se pautava na criação de um sistema financeiro internacional baseado no Dólar. Põe fim à comercialização com ouro, e coloca o dólar no centro do comércio (moeda mundial); fixava câmbio de moedas estrangeiras.
            Por fim acontece uma série de crises na década de 70, todas guerras ideológicas. Foram duas crises do petróleo, a guerra do Vietnã e uma série de inflações.
            Com a demanda de dólar crescente, fruto da conferência em Bretton Woods, houve um excesso de liquidez da moeda, com uma grande emissão de dólar pelo FED. Daí decorreram inflações que geraram o fim do modelo dólar em 1973. Buscou-se uma taxa de câmbio fixa, para se contrapor a flutuação do mercado.
v  Taxa de câmbio:
- Taxa de câmbio fixa: relação fixa entre uma moeda e outra. Exemplo: dólar e ouro.
- Taxa de câmbio flutuante: obedece as leis de mercado, ou seja, oferta e demanda.
- Modelo misto: Taxa de câmbio mista - pré fixada, mas com prazo de validade.

Políticas Públicas
São atribuições do Estado: controlar o nível de desemprego, a distribuição de renda, a proteção dos bens públicos e uma função contra majoritária para garantia dos direitos da parte mais fraca.
É atribuição do direito Garantir a abrangência e a efetividade destas políticas por meio das leis
As políticas públicas são criadas por conta da grande disparidade econômica na sociedade; desse modo, devem atuar nas questões de: responsabilidade fiscal, educação, saúde, trabalho, igualdade de gênero e raça, habitação, etc.

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