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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

História e evolução do pensamento econômico (Economia Política)

Economia Política
Tema –História e evolução do pensamento econômico
Principal Bibliografia utilizada: "Fundamentos de Economia" - Vasconcellos e Garcia;
História e evolução do pensamento econômico
Há um consenso de que a Teoria Econômica se desenvolveu com Adam Smith em “ A riqueza das nações”; anteriores a isso a atividade econômica era parte da filosofia social, moral e ética, é por isso que a atividade econômica deveria seguir os princípios éticos, de justiça e igualdade.
Antiguidade
Aristóteles foi quem conceituou Economia, ao estudar administração privada e finanças públicas. No entanto, encontra-se algumas considerações em Platão e Xenofonte. Já em Roma, a matéria está cheia com questões de justiça e moral, além de apresentarem um padrão homogêneo.
Mercantilismo
Apesar de não possuir um conjunto técnico homogêneo, tinha preocupações com a acumulação de riquezas; possuía princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas. Acreditavam que o país mais forte e poderoso fosse aquele que estocasse mais metais preciosos. Nesse contexto, o sistema mercantilista fez com que fosse mais constante a presença do Estado nos assuntos econômicos, uma vez que era época do Absolutismo. Em consequência ao absolutismo se teve o protecionismo e colonização (o universo é regido pelas leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela providência divina para a felicidade do homem)
Houve, portanto, a criação de tributos, o acumulo de riquezas e o comércio e interesses de classes sociais.
Fisiocracia
Considera-se como uma fase pré-científica da economia que surge em reação ao mercantilismo. Era uma escola Francesa que sustentava que a terra era a única fonte de riqueza e havia uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis que seriam naturais, absolutas, imutáveis e universais, de acordo com a Providência Divina para a felicidade do homem. Tais obras estavam cheias de considerações éticas.
Os fisiocratas colocavam que uma regulação estatal era desnecessária, uma vez que a lei da natureza era suprema, oque fosse contra era derrotado. O soberano tinha como função intermediar para garantir o cumprimento das leis da natureza. A riqueza para eles eram os bens produzidos com a ajuda da natureza, por isso o incentivo à agricultura, à mineração e à pesca, e colocando que as pessoas que desempenhassem funções no comércio e finanças fossem reduzidas.
Nessa época ganha destaque François Quesnay, fora o primeiro a dividir a economia em setores, mostrando duas interdependências. Ele transformou e aperfeiçoou o sistema input-output e propôs a segurança (jurídica)sobre a propriedade.
Escola Clássica
Se o governo se abstiver de interferir nos negócios econômicos a “ordem natural” poderá atuar, ao contrário dos fisiocratas não afirmava que fosse ela espontânea, mas era um fim que deveria ser alcançado.
Adam Smith
É o precursor da moderna Teoria Econômica. Ficou conhecido com “A riqueza das nações”, que abrange questões econômicas desde leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição de renda da terra, concluído com um conjunto de recomendações políticas. Propões os princípios do liberalismo econômico: acreditava que se deixasse acontecer a livre concorrência, uma mão-invisível guiaria a sociedade à perfeição. Colocou que todos os agentes, em busca de mais lucro, acabam promovendo o bem estar da comunidade.
Baseava seus argumentos no Laissez-faire, a livre iniciativa. A causa da riqueza das nações é o trabalho humano (valor econômico); a divisão do trabalho era decisivo para aumentar a produção. A aplicação desses princípios promoveram um aumento da destreza pessoal, economia de tempo e condições favoráveis ao aperfeiçoamento e invento de novas máquinas e técnicas.
Nesse contexto, o ampliar do mercado e da iniciativa privada para se incrementas a produtividade e a riqueza. O Estado entraria apenas na proteção da sociedade contra eventuais ataques e para criação e manutenção de obras e instituições necessárias, mas não para intervir na economia.
David Ricardo
Parte das ideias de Smith, aprimorando a tese de valor econômico, mostrando como a acumulação de capital, junto a aumentos populacionais, provocam uma elevação de renda da terra. Cria a Teoria de Vantagens comparativas, na qual o comércio entre países depende de dotações relativas de fatores de produção, na qual deveria se especializar naquilo que se produz bem e comprar o que precisar de outros (como o tratado de Methuen – ou panos e vinhos – entre Portugal e Inglaterra).
Thomas Malthus
Fora o primeiro a sistematizar a Teoria geral sobre a população. Diz que o crescimento populacional depende da oferta de alimentos. Os males da sociedade estariam no excesso populacional, uma vez que a População cresce em PG e os alimentos em PA. Evidenciou o adiamento de casamentos, a limitação voluntária de nascimento nas famílias pobres e aceitava a guerra como controle populacional.
No entanto, ele não contava com o ritmo tecnológico, nem as técnicas de limitação da fertilidade.
Apesar de existirem muitas aplicações normativas no pensamento clássico, seu tema central pertence à ciência positiva, cujo interesse se encontra na análise abstrata das relações econômicas.
Jean-Baptiste Say
Subordina o problema das trocas de mercadorias a sua produção, por isso uma atenção ao empresário e ao lucro. Popularizou a Lei de Say, na qual a oferta cria sua própria procura, o aumento da produção se transformaria na renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta para comprar outras mercadorias e serviço.
John Stuart Mill
Foi o sintetizador do pensamento clássico; sua obra consolida o exposto por seus antecessores e incorpora mais elementos institucionais, define melhor as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado. Colocava uma liberdade econômica e moral sobre o Estado para produzir.
Marx e Engels
                Desenvolvem a Teoria do Valor-trabalho, na qual a apropriação da mais valia (valor excedente do valor da força de trabalho, que vai às mãos do capitalista) pode explicar a acumulação e a evolução entre as classes sociais.
                Assim como Ricardo e Smith, acreditava que o trabalho determina o valor; mas possuíam uma certa hostilidade ao capitalismo.
Teoria neoclássica
Nesse período há um Foco na microeconomia (consumidor/produtos), uma vez que se crê em uma economia capitalista e auto reguladora; nesse sentido, há uma despreocupação com o planejamento macroeconômico. Os Neoclássicos apresentam um raciocínio matemático de Ricardo, procurando isolar os fatos econômicos de outros aspectos da realidade social.
Alfred Marshall
Faz uma análise do comportamento do consumidor; há um desejo do consumidor de aumento da satisfação no consumo e do produto de aumento do lucro. Por meio do estudo de funções ou curvas de utilidade (capaz de medir a satisfação do consumidor) e de produção deduz-se o equilíbrio do mercado, formando a Teoria Marginalista. Aparecem as Teorias da oferta e da demanda. 
Keynesianismo
Desenvolvida por Keynes. Preocupava-se com as implicações da Teoria econômica.
A Teoria de Keynes surgiu em um contexto no qual a economia mundial atravessava a crise de 1929. A Teoria econômica vigente acreditava que se tratava de um problema temporário. Segundo a teoria de Keynes, um dos principais fatores que foram responsáveis pela consequências vividas pela crise estaria no nível de produção nacional; era uma forma de se inverter a Lei de Say.
Diz ser necessário a intervenção do Estado por meio de uma política de gastos públicos, implicando no fim do Laissez-faire, o princípio da Demanda Efetiva. Assim, fora adotada por muitos capitalistas, apresentando bons resultados no pós segunda guerra
Os debates sobre Keynes destacam três grupos, que apesar das diferenças, concordam com os pontos fundamentais da teoria:
o   Os monetaristas privilegiam o controle da moeda e um baixo grau de intervenção do Estado.
o   Os fiscalistas recomendam o uso de políticas fiscais ativas e um acentuado grau de intervenção estatal.
o   Os pós keynesianos procuram mostrar que Keynes não negligenciou o papel da moeda e da política monetária; enfatizam o papel da especulação financeira e defendem um papel ativo do Estado na Economia.
Período Recente
Possui três característica básicas marcam esse período: a consciência maior das limitações e aplicação das teorias, o avanço do conteúdo empírico da economia (tecnologia) e a consolidação das contribuições anteriores (teorias anteriores). Controle e planejamento macroeconômico permitiu antecipar problemas e evitar algumas flutuações desnecessárias. Presença de uma atuação do Estado.

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