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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Macroeconomia (economia política)

Macroeconomia
Surge a Macroeconomia, para dar um tratamento mais agregativo e empírico à análise econômica, ou seja, como são determinadas as variáveis econômicas de maneira agregada (agregação absoluta – todos os tipos de bens produzidos). Tratando-se de agregados, não faço distinção de gênero, especialidades.
Desse modo, é importante para abranger todo o espaço geográfico de um Estado. Os Estados se juntam para que haja políticas macroeconômicas conjuntas para resolver problemas, um desenvolvimento geral.
No mercado de bens e serviços, tal agregação de bens durante um certo período, se define por produto nacional, o qual representa um nível geral de preços (média de todos os preços produzidos). São: agregado de mercados agrícolas, industriais e serviços.
De maneira semelhante, o mercado de trabalho representa a agregação de todos os tipos de trabalho existentes. Daqui se estabelece a taxa salarial, nível de emprego e a relação de trabalho (procura e falta de mão-de-obra). As análises sobre emprego e relação de trabalho são recolhidas do IBGE e o nível geral dos preços vai observar a inflação.
                No mercado monetário, as análises se desenvolvem em uma economia cujas trocas se fazem por moedas.
No mercado de títulos, os agentes econômicos são divididos em superavitários e deficitários, no qual os superavitários emprestam aos deficitários. Daqui surgem os títulos do governo, as ações, as duplicatas... Na macroeconomia se agrega todos esses títulos e define um título, que, tradicionalmente, é representado por algum título do governo. Nesse mercado se procura determinar o preço e a quantidade de títulos.
No mercado de divisas (ou moeda estrangeira) a oferta de divisas depende das exportações e da entrada de capitais financeiros, enquanto a demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e saídas de capital financeiro. A variável ep a taxa de câmbio.
E, nesse sentido, o objetivo das análises macroeconômica é estudar como se determinam as seguintes variáveis agregadas:
v  Nível geral de preço
v  Nível de produto
v  Taxa de salário
v  Nível de emprego
v  Taxa de juros
v  Quantidade de moeda
v  Preço dos títulos e quantidade de títulos
v  Taxa de câmbio
v  Quantidade de divisas.
Aqui, se faz a abordagem do equilíbrio geral. Na abordagem de equilíbrio geral acredita-se que tudo depende de tudo; assim, se quiséssemos determinar como são formados os preços dos bens, deveríamos inicialmente listar todos os bens que são produzidos pela economia e todos os diferentes tipos de insumos que são utilizados, e consideramos que, nas demandas e oferta de cada um dos bens, todos os preços dos demais bens são importantes.
Segundo a teoria macro econômica, as análises de curto prazo (conjunturais) envolve as variáveis momentâneas de: desemprego, que informa sobre o superaquecimento da economia; de estabilidade geral dos preços, que se liga com informações sobre a inflação; e as políticas de estabilização.
Já segundo a Teoria do desenvolvimento e crescimento econômico, a análise de longo prazo, trata sobre a estrutura; talvez, sobre as possíveis mudanças. Essas questões estruturais apresentam variáveis de distribuição de renda; de crescimento e desenvolvimento econômico, na qual para se dar sustentabilidade ao crescimento e preciso que se acompanhe com desenvolvimento; de progresso tecnológico; e, por fim, aquelas questões sociais, quer seja históricas, sociológicas...
As metas perseguidas por toda a política macroeconômica é o alto nível de emprego, os preços estáveis, a justa distribuição de renda e o crescimento econômico aliado do seu desenvolvimento.
Inflação
Pode-se conceituar como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Quando a renda permanece constante, as pessoas deixam de comprar. Mas não é meramente um aumento de um determinado preço, nem esporádico. Aqui, tem-se que excluir as variações sazonais. A taxa de inflação alta é prejudicial, pois tenho um aumento rápido e acelerado dos preços. A taxa de inflação baixa tem o aumento de preços de uma forma desacelerada. Ela tende a ser controlad.
Logicamente, o valor da moeda é depreciado pelo processo inflacionário, por isso que a inflação é um fenômeno monetário.
O aumento da inflação pode resultar de outros tipos de conflitos distributivos. O que é especialmente importante no caso da economia brasileira é o que se refere às relações entre salários e preços; fruto de uma disputa pelo produto entre trabalhadores e empresários que tornariam instáveis as relações entre salários e preços.
 A inflação se classifica em:
v  Alta: acelerada
v  Baixa: desacelerada
v  Zero: o que indica estabilidade; o que não significa que os preços estejam constantes.
Deflação: queda generalizada e contínua dos preços.

            As fontes da Inflação podem surgir:
v  Estrutura de mercado:
No monopólio há uma tendência inflacionária maior, como há só uma empresa dominando.
Na concorrência pura, só fica quem se sobressai, então a tendência é a manutenção dos preços.
No oligopólio, posso combinar preço, fico refém de poucas empresas, então não tem como medir a inflação.
v  Grau de abertura ao comércio exterior: se dá nos casos de choques externos. Exemplo foi o que aconteceu com a crise do petróleo de 1970.
v  Estrutura das organizações trabalhistas: se são bem formadas (reivindicadoras), maior é o salário e maior o preço da produção, portanto maior é o preço do produto. Se forem omissas, ocorre o contrário.
A inflação pode se de demanda ou se custos.
Quando é inflação de demanda se dá com o excesso de demanda agregada, ou seja, “dinheiro demais à procura de poucos bens”. É o tipo mais clássico de inflação. A probabilidade de inflação de demanda aumenta quanto mais a economia se aproxima de um ponto de pleno emprego de recursos. O governo pode agir diretamente para reduzir a inflação quando reduz os próprios gastos do governo: a redução do “principal comprador” de bens e serviços tem um efeito imediato e eficaz sobre a demanda agregada. Já a forma indireta de atuação do governo se dá por meio de políticas que desencorajam o consumo e o investimento privado. Aqui se tem divergência com relação aos economistas, no qual os monetaristas, que são contra a intervenção do estado na economia, dizem que é eficiente para o combate da inflação as políticas monetárias mais rígidas (a elevação das taxas de juros encarece as tomadas de empréstimos para investimentos privados, estimulando a aplicação de recursos no mercado de títulos, e não no setor produtivo – crowding-out, governo toma espaço do setor privado); ao passo que os fiscalistas, de pensamento Keynesiano, dizem que o combate mais eficiente à inflação seria por meio de política fiscal, como a diminuição de gastos do governo ou elevação da carga tributária.
Quando há inflação de custos ela se liga tipicamente à oferta. O nível da demanda permanece praticamente o mesmo, mas o custo de certos insumos importantes aumentam e são repassado aos preços dos produtos. Quando ocorre por monopólio ou oligopólio, nomeia-se inflação de lucros.
Juros
É remuneração do capital, Fluxo de bens e serviços, (ou o que se paga pelo empréstimo).
Taxa de juro:  
v  com o Aumento: o governo vai pagar mais caro. Para o banqueiro é um estímulo, pois ele vai lucrar mais. Ele vai investir no governo e a outra parte vai emprestas para a população, mas vai cobrar mais por isso porque o risco é muito maior emprestando para a população
v  com a Diminuição: se eu pago menos pelo juro, tenho estímulo.
Política fiscal
É a arrecadação de tributos.
Segundo o controle da inflação o governo tem duas saídas, sabendo-se que esse controle pode ser feito em tempos de inflação alta, baixa ou zero, pode tanto aumentar quanto diminuir as taxas de tributos. Consequentemente, pode tanto restringir quanto incentivar o consumo com base nos tributos.
A política fiscal é menos utilizada, pois é difícil criar um novo imposto, por exemplo.
Keynes, pai da macroeconomia, pregava a intervenção máxima do Estado na economia, e para ele fazer isso, tem que aumentar os tributos. Um Estado gastador aquece a economia, mas gera um déficit.
A consequência dessa arrecadação pode estimular ou inibir o setor privado
Título VI da Constituição: Orçamento – previsão de gastos do governo no ano fiscal.

ü  Diminuir a inflação: diminuir os gastos públicos e aumentas a carga tributária (diminuir o consumo)
ü  A diminuição da carga tributária e o aumento dos gastos públicos injetam $ no mercado e incentivam o consumo (aumento da demanda agregada = demanda total)
Política monetária
Não existe uma definição aceita universalmente do que é moeda, por isso delimita-se a partir de suas funções, as quais são: troca, unidade de conta (determina o valor econômico de bens e serviços) e reserva de valor (de liquidez imediata). Ou seja é algo aceito pela coletividade para desempenhas essas funções.
Assim, a Política monetária se refere aos processos de oferta de moeda, aos instrumentos utilizados e aos mecanismos de transmissão de seus efeitos. A oferta da moeda é realizado tanto pelas autoridades monetárias (emissão de moeda), quanto pelos bancos comerciais que, apesar de não poderem emitir, podem criar oi destruir moedas.
São as autoridades monetárias: o Conselho Monetário Nacional, o Bacen e a Comissão de Valores Mobiliários.
O Bacen é o órgão executor de política monetária, além de exercer a regulamentação e fiscalização de todas as atividades de intermediação financeira no país. Suas atribuições são:
v  Emitir moeda;
v  Garantira reserva compulsória (para em casos de crises), dos bancos, que depositam obrigatoriamente, ou das instituições financeiras, voluntariamente;
v  Realiza operações de redesconto de liquidez e seletivo;
v  Operações de Open Market;
v  Controle de crédito e taxa de juros;
v  Autoriza e fiscaliza as instituições financeiras;
v  Administra as reservas cambiais do país;
Setor externo
A Teoria das vantagens comparativas, de David Ricardo, é a utilizada no comércio exterior. Naquela época, com o desenvolvimento da Economia, o mercado passa a ser entendido como interdependente. Tal teoria pauta-se na especialização de um país segundo aquilo que ele produz melhor. (tratado de Methuen)
Atualmente, a ideia é que a industrialização é o caminho do crescimento e do desenvolvimento, e é por isso que os países procuram sempre ser atualizar tecnologicamente.
Em seguida surge a ideia de Keynes, na qual o estado interfere na economia. Sua tese ganha força após a Grande depressão dos EUA. Cresce, então o New Deal do presidente Roosevelt: investimento em obras públicas, destruição dos estoques agrícolas, controle dos preços e da produção e a diminuição da jornada de trabalho.
            Em seguida, ocorre a Conferência de Bretton Woods, que aconteceu nos EUA no qual se estabeleceram as regras para as relações comerciais entre os países mais industrializados. O acordo se pautava na criação de um sistema financeiro internacional baseado no Dólar. Põe fim à comercialização com ouro, e coloca o dólar no centro do comércio (moeda mundial); fixava câmbio de moedas estrangeiras.
            Por fim acontece uma série de crises na década de 70, todas guerras ideológicas. Foram duas crises do petróleo, a guerra do Vietnã e uma série de inflações.
            Com a demanda de dólar crescente, fruto da conferência em Bretton Woods, houve um excesso de liquidez da moeda, com uma grande emissão de dólar pelo FED. Daí decorreram inflações que geraram o fim do modelo dólar em 1973. Buscou-se uma taxa de câmbio fixa, para se contrapor a flutuação do mercado.
v  Taxa de câmbio:
- Taxa de câmbio fixa: relação fixa entre uma moeda e outra. Exemplo: dólar e ouro.
- Taxa de câmbio flutuante: obedece as leis de mercado, ou seja, oferta e demanda.
- Modelo misto: Taxa de câmbio mista - pré fixada, mas com prazo de validade.

Políticas Públicas
São atribuições do Estado: controlar o nível de desemprego, a distribuição de renda, a proteção dos bens públicos e uma função contra majoritária para garantia dos direitos da parte mais fraca.
É atribuição do direito Garantir a abrangência e a efetividade destas políticas por meio das leis
As políticas públicas são criadas por conta da grande disparidade econômica na sociedade; desse modo, devem atuar nas questões de: responsabilidade fiscal, educação, saúde, trabalho, igualdade de gênero e raça, habitação, etc.

Microeconomia + completo (economia política)

Microeconomia
É o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo, das empresas e seus custos e produções e ao estudo da geração e preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. Trata dos Preços, a renda e a quantidade produzida. Trata da oferta, da demanda, da formação de preços no mercado e das possibilidades sacrificadas (custos de oportunidade ou implícitos).
Distingue-se da macroeconomia porque se interessa com os estudos dos agregados, como a produção, consumo e a renda. A microeconomia, ao estabelecer princípios gerais, revela-se mais abstrata que a macroeconomia.
É conhecida também por Teoria dos preços, pois procura evidencia a formação dos preços dos bens e serviços e dos recursos produtivos.
Os modelos utilizados pela microeconomia são essencialmente de natureza dedutiva, daí ciência de natureza dedutiva e teórica. Daqui, são selecionadas as variáveis mais relevantes ao fenômeno sob análise, permitindo a manuseabilidade das complexidades desse mundo real. Assim, se obtém um modelo lógico, mediantes as deduções adequadas, de conclusões abstratas que são convenientemente interpretadas com argumentos adequados à realidade exterior.
Na microeconomia, como diz Koplin, são defrontadas constantes situações hipotéticas de causa e efeito (o que aconteceria se?).
Ela apresenta uma natureza estatística comparativa, ou seja, tendem a ser confrontadas duas ou mais posições de equilíbrio sem qualquer preocupação com o que possa ter ocorrido durante o período que demandou a passagem da situação inicial para a final. Como exemplo se tem a situação de lançamento de tributo, no qual se compara o período de equilíbrio antes da decisão de lançar o tributo e a posição de equilíbrio depois que esse tributo surtiu efeitos (quer seja negativo ou positivo); o tempo entre esses pontos são irrelevantes à microeconomia.
Outra característica, é o enquadramento dentro do ramo da economia positiva ou científica. Na qual é estudo da situação tal qual se apresenta, sem se posicionar favorável oi desfavorável à ela, inexistente de qualquer juízo de valor; de índole exclusivamente descritiva.
A microeconomia possui natureza estática, porque se analisa a realidade específica, tratando um período como estático.
Tal ciência constitui, também, fundamentalmente, em análise de equilíbrio parcial, que pressupõe a adoção de condição de coeteris paribus, expressão em latim que significa tudo o mais constante. Ou seja, hipótese segundo a qual todas as demais condições que possam influencias no relacionamento entre duas variáveis (funcionalmente dependentes) sejam constantes. O objetivo de tal é aproximar o modo de agir dos economistas com aquele dos profissionais que atuam no campo das ciências exatas.
Uma análise de equilíbrio parcial, diferentemente de uma análise de equilíbrio geral, pressupõe a abordagem de todas as situações econômias de forma isolada ou individual (setor específico de economia, não a sua globalidade); e possui tais vantagens:
                                  I.     Menor disponibilidade de tempo na análise de equilíbrio geral;
                                II.     É menos complexa;
                              III.     Aproxima os resultados globais que se esteja almejando;
                              IV.     Adequação e utilidade maios quanto mais frágeis forem as condições entre a situação particular sob o estudo e o restante da economia;
                                V.     Mais exequível.
E a partir disso, eu tenho um resultado puro e líquido, posso dar números às análises. A análise microeconômica básica, para poder analisar um mercado isoladamente, supõe todos os demais mercados constantes, ou seja, o mercado em estudo não afeta nem é afetado pelos demais. Essa condição serve também para verificarmos o efeito de variáveis isoladas
Não se confunde microeconomia com análise contábil, uma vez que, diferentemente da microeconomia, a análise contábil, faz análises dentro de um universo específico (infra-empresa).
É impossível analisar todas as variáveis, então devo criar um meio e buscar as variáveis mais importantes. Desse modo, cria situações e variáveis hipotéticas.
São agentes da microeconomia aqueles que “compram” e aqueles que “vendem”. Os consumidores são os agentes da demanda, os quais possuem intenção na busca pela satisfação de suas necessidades (intenção do mercado trabalha baseado na renda do mercado consumidor). E as empresas são os agentes da oferta, são aqueles que transformam a mão de obra. Trabalham com a tecnologia para avançar seu objetivo, o lucro; assim, a racionalidade produtiva em função do lucro.
TEORIA DOS PREÇOS = Consumidor (demanda) + Empresa (oferta).
                Em suma, a microeconomia “Examina a formação de preços e mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade a satisfazer a ambos simultaneamente”.
Possui preços relativos e abstratos (absolutos), ou seja, são relativos porque dependem de uma referência e são aqueles preços que resultam da média de um apanhado de vários preços, divididos pela quantidade; já os abstratos/absolutos são aqueles preços do produto (da etiqueta).
Análise da demanda
            Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período, dada sua renda, seus gastos e o preço de mercado. Assim, representa um desejo, um plano. Representa o máximo a que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços no mercado.
                Desse modo, a curva de demanda indica quanto o consumidor pode adquirir (capacidade de Compra), dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço.
Variáveis:
à Preço do bem/serviço;
à Preço dos outros bens/serviços;
à Renda;
à Gostos, hábitos e preferências do consumidor.
Nesse sentido, a demanda representa a intenção de comprar. Ou seja, um fluxo por unidade de tempo; é um fluxo, porque está definida para determinado período de período. Para estudar a influência de cada fator sobre a procura é preciso fazer uma simplificação, que consistirá em considerar cada efeito, cada variável separadamente na condição coeteris paribus.
 As variações da demanda,  coeteris paribus,  dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, ou seja, demanda e função do preço
Escala de Procura
De acordo com a Escala de procura, quanto maior o preço, menor a quantidade demandada, é, desse modo, inversamente proporcional.
A relação entre a demanda e o preço dos outros bens, ou seja, se substitutos, acontece da seguinte forma: o aumento do preço de um bem aumenta e , consequentemente, também aumenta a demanda de seu bem substituto; mas se complementar, acontece da seguinte forma: o aumento do preço de um bem ocasiona a queda na demanda do bem complementar.
Já a relação entre a procura de um bem e a renda do consumido, acontece da seguinte forma: quando a renda cresce, a demanda do bem deve aumentar. O indivíduo, por ficar mais rico, deseja aumentar o padrão do consumo. No entanto, abarca exceções, no qual o indivíduo pode estar satisfeito como consumo de um determinado bem; assim, consumo saciado. E o consumo pode cair quando tal produto for tido como bem inferior.
A curva de procura de mercado é a soma horizontal das curvas de procura do indivíduo que compõe este mercado; é chamada de horizontal porque se somam somente as quantidades e não os preços.
Demanda
Quantidade demandada
Se desloca quando aumenta-se a renda.
Um ponto sobre a curva de demanda. Exemplo: X1, X2. É o valor numérico da demanda do produto. Há como deslocá-la mudando o preço.
A curva convencional revela a intenção de compra do consumidor, sendo, a compra efetiva, um único ponto da escala.
                 Podemos conceber a curva da demanda de duas formas: segundo preço, quantidade máxima de disposição para a compra, e segundo a quantidade, disposição máxima de pagar do consumidor.
Tipos de bem
Essa classificação depende da classe de renda á qual pertencem os consumidores.
1) Bens normais: obedece à regra da curva/escala de procura, ou seja, aumentos da renda levam ao aumento da demanda. Exemplo: Automóvel.
2) Bens inferiores: bem que, com o aumento de renda da população, a quantidade demandada deles diminui. Exemplo: carne de segunda.
3) Bens de consumo saciado/neutro: o aumento do preço varia muito pouco na quantidade demandada. São chamados de bens inelásticos. Ex: arroz, sal.
4) Bens substitutos/concorrentes: o consumo de um bem substitui o consumo do outro, de bens similares que suprem as mesma necessidades dos bens normais. Ex: medicamentos genéricos. O preço de um concorrente pode afetar diretamente o preço de um bem. Supondo-se tal fato, a curva da demanda se desloca pra a direita.
5) Bens complementares: bens consumidos em conjunto, são bens influenciados pelo aumento ou diminuição do preço de outros bens. Ex: o aumento do preço dos automóveis deverá diminuir a procura de gasolina. Supondo um aumento no preço de um bem complementar, a curva da demanda se desloca para a esquerda.
6) Bens de consumo de luxo.
Análise da oferta
                Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores e vendedores desejam vender em determinado período de tempo, segundo a teoria elementar da oferta. É o fluxo por unidade de tempo.
A oferta depende se seu próprio preço, admitindo a hipótese coeteris paribus, quanto maior for o preço de um bem, mais interessante se torna produzi-lo e, portanto, a oferta é maior.
A oferta e o preço do bem nos proporciona a curva de oferta. A oferta depende dos preços dos fatores de produção, que junto com a tecnologia empregada, determina o custo de produção. O aumento de um fator de produção, custa o aumento de custo de toda a produção. O preço varia de acordo com a quantidade de fatores de produção empregado.
Logicamente, a mudança no preço de um fator de produção gera alterações em toda a lucratividade relativa das produções, deslocando as curvas de oferta das diferentes mercadorias.
O mesmo raciocínio pode sem empregado quando se trata de tecnologia: os bens que mais se beneficiam da tecnologia terão uma lucratividade aumentada, e o deslocamento da curva de oferta se desloca.
Além do preço do próprio bem e do preço dos fatores de produção, o outro fator que condiciona a oferta é a mudança dos preços dos demais bens produzidos. Desse modo, se ao preços dos demais bens subirem e o preço do bem x permanecer idêntico, sua produção se torna menos atraente, o que diminui sua oferta e o deslocamento da curva para a esquerda.
                Como na demanda, a oferta representa um plano ou intenção. As quantidades ofertadas são pontos em que os vendedores estão maximizando seus lucros.
Tal análise emana da relação produtor-consumidor.
Variáveis
                à Quantidade ofertada do bem;
à Preço do bem;
à Preço dos fatores de produção;
à Preço de outros bens, substitutos na produção;
à Tecnologia;
à Fatores climáticos e ambientais.
Possui relação com os problemas econômicos fundamentais, que está intimamente ligado ao sistema econômico vigente.
Preço e quantidade ofertada são diretamente proporcional, aumentando o preço, aumenta-se a quantidade ofertada
Escala de oferta
Desse modo, a escala de oferta mostra como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço. Assim, de acordo com a função geral da oferta, se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais, pois a receita e o lucro aumentam.
                Pode ser interpretada sob duas perspectivas: dado o preço, a quantidade máxima que o produtor estará disposto a ofertas, ou alternativamente, dada a quantidade, o preço mínimo que o produtor estará disposto a receber por essa quantidade.
                 A função oferta depende dos objetivos e metas estabelecidos pelos empresários. Podendo haver, por exemplo, casos em que a empresa prefere lucrar menos a curto prazo e (ganhando participação no mercado), lucrar mais a longo prazo.
                Dado um avanço na tecnologia, a curva da oferta de desloca para a direita, uma vez que diminuem os custos, os preços caem e a procura aumenta.
                A Variação da oferta desloca a curva; quando altera a condição coeteris paribus. E a variação a quantidade ofertada traz movimento ao longo da curva; quando se altera o preço do próprio bem, mantendo-se as demais variáveis constantes.
                A procura define “o que produzir”, enquanto a concorrência define “como produzir”
Quando se aumenta o preço na oferta, aumenta–se o interesse na produção, na concorrência e na quantidade ofertada.
Oferta
Quantidade ofertada
Relação entre o preço pela quantidade ofertada
É o eixo X
                O deslocamento da curva se dá: para a esquerda, com o aumento do preço dos fatores de produção, e para a direita, com o aumento da tecnologia.
Equilíbrio de mercado
O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura. Unindo os dois gráficos, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio. A curva da procura é decrescente e a curva da oferta é crescente.
A intersecção é um ponto é único que indica a quantidade que os consumidores desejam comprar igualmente à quantidade que os produtores desejam vender. No ponto de equilíbrio, não existem pressões para alterar preços; os planos dos compradores são consistentes com os planos dos vendedores, e não existem filas e estoques não planejados pelas empresas. Desse modo, exclui-se o excesso ou a escassez de oferta ou de demanda.
Há uma completa coincidência de desejos.
Introduz-se a lei da oferta e da procura de acordo com esse equilíbrio. Supondo um mercado concorrencial, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio. Quando ocorre excesso de oferta, há acúmulo de estoques não planejado, que acarreta em diminuição dos preços; caso contrário, a escassez, os consumidores estarão dispostos a pagar mais.           
                 Os agentes de mercado, isto é, consumidores e empresas, sem qualquer interferência do governo, tendem a encontrar sozinhos uma posição de equilíbrio, mediante o mecanismo de preços, ou seja, da lei da oferta e procura. O mercado importa o limite.
                O deslocamento das curvas de oferta e/ou demanda provocará um deslocamento do ponto de equilíbrio. Assim, por exemplo, ao se abaixar os preços das matérias primas do bem x, a curva de oferta se desloca para a direita e, desse modo,  ponto de equilíbrio se tornará menos e a quantidade maior.    
                Demanda à preço, quantidade demandada e renda.
                Oferta à preço, quantidade ofertada e valor econômico dos fatores de produção.
                O que importa para cada um – Coeteris paribus.
 Estruturas de Mercado
A oferta e a demanda interagem de modo a apresentar resultados distintos muito distintos em cada mercado, pois cada um tem características específicas de produto (condições tecnológicas, acesso, informação, tributação, regulamentação, participantes, localização no espaço e no tempo) que o tona único. Entretanto, existem características comuns que permitem classificar as diferentes estruturas de marcado.
As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes de como os mercados estão organizados; em cada estrutura de mercado se destacam alguns aspectos essências da interação da oferta e da demanda.
Basicamente, as estruturas de mercado dependem da quantidade de empresas no mercado, da tipologia do produto e das barreiras ao acesso de novas empresas no mercado.
São elas, caso estruturas clássicas básicas:
v  Monopólio;
v  Concorrência perfeita;
E, caso outras estruturas clássicas:
v  Concorrência monopolista
v  Oligopólio
v  Monopsônio
v  Monopólio bilateral
Em todas as estruturas clássicas, o mercado é transparente, ou seja, a informação é perfeita, e os agentes são maximizadores de lucro.
Monopólio
O setor é a própria firma, únicos;  a oferta da firma é a oferta do setor, e a demanda da firma é a demanda do setor.
O monopólio puro é uma construção teórica inexistente na realidade. O monopolista vende um bem de maneira a concorrer com outros bens perante a renda disponível do consumidor.
Pode se caracterizar o monopólio por quatro pontos essenciais:
                                I.            O setor é de uma única firma;
                              II.            Não existem substitutos próximos;
                            III.            Existe concorrência entre os consumidores;
                           IV.            A curva de receita média é a curva de demanda do mercado.
A entrada de novas firmas alteraria a estrutura do mercado, em consequência, o monopólio só se consegue manter se impedir a entrada de outras firmas no mercado (manutenção do monopólio); tal pode se dar com: a dimensão reduzida do mercado, com as patentes, as leis governamentais e o controle das fontes de suprimento de matérias primas. É pouco provável que um monopólio se perpetue no longo prazo; desse modo, a manutenção mais eficaz se encontra nas leis governamentais.
Essa visão se caracteriza melhor com as economias socialistas.
Então os compradores ficam reféns daquilo que tem. O lucro do monopolista é classificado como ‘lucro extraordinário’, uma vez que é resultado dos fatores que criaram a situação de monopólio, resultando em um lucro acima do lucro normal (que é a remuneração do empresário, seu custo de oportunidade).
O monopólio é, em suma, uma única empresa dominando o mercado, que impõe a compra do produto aos consumidores, fazendo com que a curva da demanda seja a própria curva da empresa. Caracteriza-se por possuir uma relação de preço com a quantidade da demanda, em que, devido à falta de concorrência e bens substitutivos, há um aumento abusivo de preços, cujo Estado seria essa empresa.
Concorrência perfeita
                A realidade tenta apenas uma aproximação à esse modelo, pois sempre parece existir algum grau de imperfeição que distorce seu funcionamento.
É o mercado atomizado, ou seja, aquele com tão grande concorrência, que uma empresa não faz a diferença, sobrevivendo apenas aquelas mais competitivas, de infinitos vendedores e compradores.
As hipóteses do modelo de concorrência perfeita são:
v  Grande número de compradores e vendedores, na qual o preço é “dado” às firmas e aos consumidores;
v  Produtos são homogêneos, ou seja, substitutos perfeitos entre si; inviabilizando a diferença de preço entre eles;
v  Existe uma completa informação e conhecimento sobre o preço do produto; assim, a transparência do mercado;
v  A entrada e a saídad e firmas são livres, não haverá barreiras, livre mobilidade. As firmas menos eficientes saem do mercado.
O gráfico de demanda se torna horizontal, uma vez que fixa apenas a quantidade vendida, já que o preço está “dado” pelo mercado. O produto, para a firma, é variável exógena.
Conclui-se, também, que as firmas com custos variáveis médios acima do preço terão de abandonar o setor a longo prazo. As novas empresas entram no mercado, deslocando a curva de oferta do setor para a direita, e os preços diminuem. O preço de equilíbrio, consequentemente, diminui. Só as firmas que produzem com custos médios abaixo do preço podem continuar produzindo a longo prazo. Esse processo de entrada e saída de empresas empurra o preço para baixo, até que as empresas com as estruturas de custos mais baixos permanecerão operando e, no equilíbrio a longo prazo, o custo médio será igual ao custo médio mínimo em todas as empresas.
Caracteriza-se por auferir, em longo prazo, lucros normais para as empresas.
                É um mercado racionalizado, pois os empresários e os consumidores fazem com que os agentes agem racionalmente.
E aquela se contensão de lucros, uma vez que, segundo A. Smith, a mão invisível ajudaria a livre concorrência; funciona segundo o capitalismo perfeito.
Concorrência monopolística
                Existe a concorrência monopolística quando há um número elevado de empresas, as empresas produzem produtos diferenciados, embora substitutos próximos. É a estrutura mais próxima da realidade, supondo um produto homogêneo, produzido por todas as empresas.
                Cada empresa tem certo poder de fixação de preços (curva de demanda negativamente inclinada, embora elástica), pois a existência de substitutos próximos permite aos consumidores alternativas para fugirem de aumentos de preço.
                A diferenciação pode se dar, por exemplo, pela característica física, embalagem ou pelas promoções de venda.
Oligopólio
É aquela estrutura de mercado que prevalece no mundo ocidental (Brasil). Caracteriza-se pelo úmero reduzido de produtores e vendedores, produzindo produtos próximos entre si. Por uma substituição, perfeita ou não, pode se classificar por perfeito ou diferenciado.
Ocorre uma interdependência economia, ou seja, todos os produtores são importantes; possuem uma faixa significativa sobre as decisões de preço e produção equilíbrio de produção.
 Forma-se em um ambiente de mercado em que há poucas empresas dominando o mercado. Essas empresas dominantes formam cartéis, combinação e monopólio dos preços. Exemplo: postos de gasolina.
Estruturas de mercado dos fatores de produção
o   Monopsônio: há muitos vendedores e um único comprador, prevalece especialmente no mercado de trabalho: um exemplo são aquelas grandes empresas que se instalam em uma cidade do interior, em que a um único “comprador” de mão de obra, e muitos “vendedores” de mão de obra. Desse modo o preço é estabelecido pelo comprador.
o   Oligôpsônio: há muitos vendedores e poucos compradores; o consumidor com o monopólio dos preços.
o   Monopólio bilateral: defrontam-se o monopolista e o monopsonista. O monopolista deseja vender uma dada de quantidade de produto por um preço, enquanto o monopsonista pretende obter a mesma quantidade por um preço diferente daquele pretendido pelo monopolista. Aqui, somente a negociação recíproca permite a definição do preço.